Trecho do famoso ‘Anel Viário’, na confluência da Avenida dos Portugueses com a Avenida Vitorino Freire. Ao fundo temos a Barragem do Bacanga e os edifícios da Universidade Federal do Maranhão. Durante os anos 1970 e 1980 os governos, sob a égide do desenvolvimentismo autoritário dirigiram uma forte política de urbanização e de integração das diversas regiões da cidade com o Porto do Itaqui. Outra preocupação era a construção de uma estrutura que desse vazão à crescente quantidade de veículos nas capitais do Brasil. Tendo como base o plano diretor da cidade (1975) a barragem do Bacanga e o Anel Viário exerceriam a importante função de ligação entre o centro velho da cidade e a região economicamente mais dinâmica da capital – o distrito industrial, o Porto, empresas multinacionais de mineração, etc. De acordo com os cientistas sociais Marcio Pereira e José Alcântara Jr., a expansão urbana da cidade de São Luís no último quarto do século XX “conferiu à cidade traços de modernidade através da construção de novas vias, que possibilitariam a ocupação de novos territórios, interligados com o anel viário, construído em volta do Centro Histórico”. Sobre a imagem: foi publicada na Revista Manchete, em 1982. A matéria que acompanhava a foto mencionava o alto índice de acidentes automobilísticos naquela região, o que parece bastante óbvio em virtude da total ausência de sinalização no trecho. Outro destaque da imagem é uma obra do artista plástico Antônio Almeida intitulada "Operários", (nos faz lembrar dos candangos de Brasília) que ficava localizada na rotatória. Infelizmente não se sabe o que aconteceu com a simpática escultura.
O Anel Viário de São Luís
Publicado na Revista Manchete, 1982.
