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Frame do filme com o registro da Barragem de Bacanga.
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“E o milagre aconteceu...
máquinas chegaram para acelerar o progresso (...) com uma equipe jovem,
liderada por jovens veio proporcionar melhores dias aos maranhenses”, diz a voz
solene do locutor Aloízio Pimentel, na introdução do documentário “O Milagre do
Maranhão”, dirigido pelo renomado cineasta romeno Isaac Rozenberg; sob
suas lentes o Maranhão foi retratado de forma altamente positiva, ao expor uma
grandeza e opulência que
só existiam nos discursos do então governador José Sarney.
No recorte
publicado abaixo, o locutor diz que uma das mais ousadas construções da época
foi a ‘Barragem de Bacanga’ que visava melhorar o saneamento da cidade, encurtar a distância
para o novo porto e dar um lago à cidade (!); em outro trecho do filme o narrador fala que o Maranhão
tinha contra si a proporção pequena de seu antigo porto, problemas que seriam resolvidos
com o advento do Porto do Itaqui, que se encontrava pronto, em 1970, para
atender o crescente movimento portuário.
Trecho do documentário "O milagre do Maranhão"
O filme tinha como motivação
explícita e implícita a apresentação do perfil técnico e jovem do governo Sarney, o sucesso de suas obras e de apresentar um
governo afinado com as ordens dos
militares da época. Além disso, o curta-metragem ajudou a pavimentar a candidatura (vitoriosa) do governador ao senado em 1970.
“O Milagre
do Maranhão”, direção geral de Isaac Rozenberg. Laboratório Rex
Líder, Rio de Janeiro,
1970.
Fonte: PROMEM - Instituto Pró-Memória
do Maranhão.
Veja o curta-metragem original aqui