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  Frame da chamada do programa Amaral Netto “Aqui nasceu um estado... sua pedra fundamental foi uma cidade batizada pelo invasor em homenage...

O Maranhão de Amaral Netto, o repórter

 

Frame da chamada do programa Amaral Netto


“Aqui nasceu um estado... sua pedra fundamental foi uma cidade batizada pelo invasor em homenagem ao seu rei, Luís XIV; da São Luís de ontem para a São Luís de hoje, sempre capital do Maranhão existem diferenças; diferenças marcadas pelo automóvel, pelo concreto e pelos novos hábitos e costumes, pois a velha São Luís ainda resiste bravamente e se impões pela beleza do traço arquitetônico notadamente colonial...” O pequeno fragmento abaixo
pertence ao programa ‘Amaral Netto, o repórter – edição nacional’ que apresentou ao publico nacional da Rede Globo um pouco da história, da arquitetura e da cultura de São Luís do Maranhão, exibido em 1978.


Trecho inicial do programa, apresentando os aspectos históricos de São Luís.
Clique aqui para acessar o vídeo completo

O programa do controverso político e jornalista estreou na TV Tupi 1968 e no mesmo ano migrou para a TV Globo. O argumento principal do programa era mostrar os lugares, os costumes, a cultura e as tradições das diversas regiões brasileiras. Imagens em cores e tecnologia de ponta na exibição de seus programas ajudavam nesse projeto ambicioso de integração nacional.

No entanto, segundo a historiadora Kátia Krause, Amaral Netto é lembrado como um dos porta-vozes da ditadura tendo em vista que suas reportagens visavam mostrar um país até então desconhecido e promover a integração nacional via televisão – um dos principais projetos dos militares dos anos 1970; para além da integração, Amaral Netto, como homem de negócios, buscava apresentar o país como um ambiente bom para investimentos e oportunidades, através dos ‘megaprojetos’.

No episódio dedicado às coisas do Maranhão (cerca de 50 minutos) mais da metade do tempo é usada para citar as obras, projetos e realizações dos governos do estado (sob Nunes Freire) e federal (sob Ernesto Geisel) e indicar que o estado estava seguindo, a passos firmes, rumo ao progresso, através dos megaprojetos (Anel Viário, EF. Carajás, Conjuntos Habitacionais, por exemplo) do fim dos anos 1970.