Frame da chamada do programa Amaral Netto |
Trecho inicial do programa, apresentando os aspectos históricos de São Luís.
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O programa do
controverso político e jornalista estreou na TV Tupi 1968 e no mesmo ano
migrou para a TV Globo. O argumento principal do programa era mostrar os
lugares, os costumes, a cultura e as tradições das diversas regiões brasileiras.
Imagens em cores e tecnologia de ponta na exibição de seus programas ajudavam
nesse projeto ambicioso de integração nacional.
No entanto, segundo a
historiadora Kátia Krause, Amaral Netto é lembrado como um dos porta-vozes da
ditadura tendo em vista que suas reportagens visavam mostrar um país até então
desconhecido e promover a integração nacional via televisão – um dos principais
projetos dos militares dos anos 1970; para além da integração, Amaral Netto, como
homem de negócios, buscava apresentar o país como um ambiente bom para investimentos
e oportunidades, através dos ‘megaprojetos’.
No episódio dedicado às coisas do Maranhão (cerca de 50 minutos) mais da metade do tempo é usada para citar as obras, projetos e realizações dos governos do estado (sob Nunes Freire) e federal (sob Ernesto Geisel) e indicar que o estado estava seguindo, a passos firmes, rumo ao progresso, através dos megaprojetos (Anel Viário, EF. Carajás, Conjuntos Habitacionais, por exemplo) do fim dos anos 1970.