No início
dos anos 1970, segundo o IBGE a cidade de São Luís já ultrapassava os 265 mil
habitantes e, em virtude desse surto populacional, a cidade se expandia para as
zonas sul (Anjo da Guarda), norte (São Francisco) e oeste (Cohab).
Nesse
contexto, havia uma preocupação crescente com os problemas urbanos da cidade,
especialmente no que diz respeito à vazão do trânsito, já crescente. Sob a
administração do engenheiro Haroldo Tavares (1971-75) e com a consultoria do
renomado urbanista Wit-Olaf Prochnik, a prefeitura propôs a construção da
segunda ponte sobre o Rio Anil, o prolongamento da Avenida dos Franceses e,
sobretudo, a construção de um Anel Viário, que circundasse a região central de
São Luís.
Com
cerca de 8km de extensão, este anel se conecta a seis importantes avenidas que
ligam o centro às demais regiões da cidade, são elas: Av. dos Africanos; Av.
dos Portugueses; Av. Euclides Figueiredo; Av. Mal. Castelo Branco; Av. Getúlio
Vargas e, por fim, a Av. Kenedy. A sua construção foi iniciada no início dos
anos 1970 e só foi concluída em 1985, quase duas décadas depois de sua
idealização.
Difícil
imaginar uma São Luís sem a presença do Anel Viário, com suas praias na região
central, livres do aterramento e dos barulhentos automóveis; com o Cais da
Sagração tomando a região central da cidade, com suas embarcações a compor o
cenário, em imagens que já ficam distantes e desbotadas na memória do
ludovicense mais antigo.
Vista aérea da Praia Grande, em meados dos anos 1960, publicada pelo ‘Jornal do Dia’. |
Obras de terraplanagem na região alagadiça do Portinho, em imagem de 1974, publicada pelo O Imparcial. |
Prefeito Haroldo Olympio Lisboa Tavares,
acompanhando a execução das obras, em imagem publicada pelo ‘O Imparcial’, em
1974. |
Ponte, ainda sem pavimentação, sobre trecho
do Anel Viário, na Avenida Getúlio Vargas, em imagem publicada pelo ‘O Imparcial’,
em 1974. |
Planta do Anel Viário, publicada pelo ‘O Imparcial’, em 1973. |