Até meados dos anos 1960 ninguém fazia bom negócio em São Luís se não visitasse a Praia Grande, bairro onde se localizavam os setores mais dinâmicos da economia local: bancos, firmas de exportação e importação, casas de ferragens, lojas de utensílios marítimos e de construção além das importantes casas de aviamentos (tecidos). Os projetos de modernização, entretanto levaram ao progressivo abandono da Praia Grande – os bancos foram os primeiros a desaparecerem, seguidos pelo comércio que se pulverizou pelas novas regiões que iam sendo ocupadas ao longo dos anos 1970, em função do enfraquecimento do movimento portuário. Até os bondes que por lá passavam foram alijados pelo progresso da era do “jato puro”. A Praia Grande dos anos 1970 e 80 não era mais aquele bairro dinâmico por onde corria o grosso do dinheiro da capital do estado; ele já não existe mais. O bairro passou a apresentar e representar, além da decadência evidente, os traços de outra época; período tido como áureo e que vem caindo no esquecimento que só não é completo pela solene imponência dos casarões de pedra e cal.
Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4
1 e 2 – Movimento de canoas costeiras no porto de São Luís em 1955, período que o bairro ainda mantinha sua influencia – Instituto Moreira Salles e Álbum de 1950 do jornalista Miécio Jorge;
3 – Aspecto da movimentada Rua do Giz, em 1984 – O Imparcial.
4 – Imagem de 1981 do antigo e já decadente porto da cidade – substituído pelo Porto do Itaqui no início dos anos 1970 – O Imparcial;
[Coloridas artificialmente]