Os
'Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul' foi por décadas uma das marcas do requinte da
aviação dos anos 50, 60 e 70; a Cruzeiro do Sul, uma das mais antigas aéreas a
se estabelecer no Brasil foi, também, durante anos a maior companhia brasileira do ramo. Durante as décadas de 1960 e 1970 a empresa possuiu em sua frota os belos jatos
franceses Sud Caravelle (remanescentes da frota da histórica Panair
do Brasil) e nessa condição foram figuras comuns no aeroporto de São Luís,
fazendo a rota Belém-São Luís-Fortaleza-Recife (um verdadeiro pinga-pinga,
comum para a época).
No entanto no dia 1 de junho de 1973 dá-se um
acontecimento dramático envolvendo a Cruzeiro do Sul em terras ludovicenses: um
dos seus Caravelles, mais precisamente o PP-PDX, no voo 109 vindo do Aeroporto
Val de Cans (Belém) às 6h30 e, cerca de 40 minutos depois,
quando se preparava para o pouso, o comandante informou que executaria pouso
por instrumentos. Na fase final, a 150 pés de altitude e já com o trem de pouso baixado,
o avião subitamente inclinou-se e, após perder sustentação (num fenômeno chamado ESTOL) e caiu e explodiu próximo à cabeceira da pista de pouso do
Aeroporto de São Luís. Todas as 23 pessoas a bordo do avião (sendo 16
passageiros e 7 tripulantes) morreram. gerando comoção e perplexidade entre os
habitantes da velha capital maranhense. Felizmente a aviação tornou-se uma das
formas mais seguras de transporte.
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Imagem 1 |
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Imagem 2 |
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Imagem 3 |
A primeira
imagem (1) é um anúncio da Cruzeiro do Sul publicada pelo 'O Imparcial' em
1966; a segunda (2) é o processo de resgate das vítimas na densa floresta do
Tirirical, com um dos motores do jato em primeiro plano (também publicada pelo
‘O Imparcial’ em 2/7/73) e a terceira, a imagem (3) do PP-PDX estacionado no
aeroporto de Congonhas, em 1972, disponível no portal airliners.net.