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“Tire os seus óculos escuros E acenda toda a natureza. Pra me entender, pra me entender, Você tem mesmo é que lamber O prato vazio sobre a m...

Tire os seus óculos escuros


“Tire os seus óculos escuros
E acenda toda a natureza.
Pra me entender, pra me entender,
Você tem mesmo é que lamber
O prato vazio sobre a mesa.


Ponha os seus óculos escuros,
Não esconda a sua vaidade.
Pra me enxergar, pra me enxergar,
Você tem mesmo é que apagar
As luzes da sociedade.


Já vendi chiclete no Cine Rialto,
Puxei canivete e ralei no asfalto,
Peguei uma cana até de manhã.
Na Ponta d’Areia eu vendi protetor,
Dei uma de cego na igreja, doutor,
No dia do eclipse eu vendi meu Ray-Ban”

Canção de César Teixeira que fala da dupla moral da nossa sociedade dos “cidadãos de bem” em que a maioria é invisibilizada em nome de um suposto bem-estar da maioria, que prefere usar óculos RayBan para não ver a realidade daqueles que vivem do ganho, ao redor.

A imagem foi capturada em 1995 pelo fotógrafo Ariosvaldo Baêta e publicada pelo ‘O Estado do Maranhão".

A legenda da foto diz: “Fim da festa - latas e garrafas vazias foi o que restou ao longo da Litorânea, depois da festa que reuniu milhares para comemorar a virada do ano”.



Ray Ban de César Teixeira