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Entre os anos 1930 e 1940, o sob a ótica do pensamento desenvolvimentista do Estado Novo, a capital maranhense foi palco de várias intervenç...

Um tufão urbanístico varreu a praça!

Entre os anos 1930 e 1940, o sob a ótica do pensamento desenvolvimentista do Estado Novo, a capital maranhense foi palco de várias intervenções que visavam dar à São Luís ‘ares de cidade moderna’. Tais intervenções seguiam os modelos do moderno urbanismo aplicados em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. Naquela ocasião, através do pensamento do engenheiro-urbanista José Octacílio Saboya Ribeiro e da dobradinha Pedro Neiva (prefeito) e Paulo Ramos (interventor), ocorreu a introdução de um discurso urbanístico moderno em São Luís. No mesmo momento, surgiram entre os intelectuais da cidade acalorados debates sobre o que era necessário para São Luís ascender à modernidade urbana: preservar – ou não – os aspectos típicos da cidade, ou seja, o sobrado. Apesar das contradições, muito foi feito para dar à cidade estruturas modernas e adequá-la ao crescimento urbano. Todavia esse crescimento deu às elites da cidade a primazia de seus benefícios (como sempre); já a maioria população ficou ao largo das melhorias que aos poucos chegavam – sobrava ao povão apenas ver o tufão varrendo a praça! E hoje, nem isso temos. 


Imagem 1: Praça João Lisboa, 1944, em imagem publicada pela Revista Manchete. 

. Imagem 2: Trecho da moderna Avenida Getúlio Vargas, 1944, em imagem também publicada pela Revista Manchete.


Nota publicada pelo jornal O Globo, em 1941, sobre o “tufão que varreu a praça”.