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Imagem do Boletim do SPHAN nº 02, de 1979 |
Um dos mais importantes símbolos do bairro é justamente a Igreja de São José do Desterro, considerada a mais velha de São Luís, uma vez que tem suas origens no período colonial no Brasil.
Sua primeira construção foi em 1618 – uma humilde capela coberta de palha. Com a invasão dos holandeses, em 1641, a igreja foi destruída. A segunda edificação, após a expulsão dos invasores foi erguida no fim do século XVII no largo em que termina a Rua da Palma e começam os becos do Precipício, do Desterro e do Caela. Ao longo do século XVIII a Igreja entrou em decadência e teve que ser novamente reerguida em meados do século XIX, mais precisamente no ano de 1839, seguindo elementos do barroco tardio e batizada como Igreja de São José do Desterro (termo que, na tradição religiosa é a expulsão da pátria ou da terra onde se reside), consagrada a São José.
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Acervo do IBGE, de 1957 |
O comércio e o profano
O bairro do Desterro, por ser um dos mais antigos da cidade –
foi uma das primeiras regiões a serem ‘ocupadas’ pelos portugueses, ainda no
século XVII – possui muitas histórias. A trajetória do bairro, entre o século
XIX e meados do século XX, é marcada pelo dinamismo econômico relacionado,
sobretudo, com a atividade pesqueira e portuária – era um importante entreposto
comercial das tradicionais casas comerciais que vendiam artigos industrializados
ara as cidades do interior, ao passo que recebiam produtos agropecuários, tudo através
da via marítima – por isso a existência de muitos barcos naquele porto. A
despeito das iniciativas de industrializar o bairro – com fabricas de gelo e
pilar arroz - o crescente dinamismo ocasionado pela expansão rodoviária fez com
que a região perdesse importância.
Outro elemento importante do bairro é a associação com a vida
noturna uma vez que a região também ficou conhecida como zona do baixo
meretrício, em virtude dos bordéis, sobretudo aqueles localizados na Rua Afonso
Pena.
É muita história!